De uma maneira geral, todo mundo sabia que ler era importante. No colégio, os professores do infantil já preparavam a gente para ler, para ser alfabetizado. Os livros com imagens formavam as histórias. Depois da alfabetização tinham os vários livros paradidáticos, com poucas folhas, até chegar ao fundamental II, onde os livros eram bem maiores, bem mais volumosos.
Meu tio devia saber disso quando propôs contar a história da menina que não gostava de ler. Dos que estavam na sala do meu avô muitas já ficaram meio que com cara feia. Uma delas saiu pela esquerda e foi se dirigindo para o quarto do computador.
- Ei, não é pra fugir não! Espera só um pouquinho que a história é curta!
Meu tio, então, contou a história de uma técnica que era utilizada no trabalho dele para demonstrar às pessoas da importância da leitura e da interpretação do que se lia. Parece que ele reinventou um pouco a história pra que a gente pudesse ficar interessada. E todos ficaram.
Ele contou que o texto começava com a frase: leia o texto até o final. Depois desta frase, uma série de tarefas era listada e o autor do texto dizia que deveriam ser feitas, sendo que o primeiro a conseguir ganharia um prêmio.
- E sabe o que aconteceu? Todo mundo começou a fazer as coisas que o texto pedia. Exceto uma pessoa, uma menina que não gostava de ler.
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