Aquelas palavras eram fortes e todas nós sentíamos que não podia ser daquela forma. Nós gostávamos dos nossos avós, mas parece que quando a gente vai crescendo, as coisas vão mudando. Se tiver alguma outra opção, com o pessoal do prédio, por exemplo, é melhor ficar brincando.
Isto era mais forte nas irmãs mais velhas, até porque elas tinham muito mais amigos e já podiam sair à noite e fazer várias coisas. E geralmente meu pai só chamava pra ir à casa do vovô quando tinha outra coisa organizada com a galera.
Isto era mais forte nas irmãs mais velhas, até porque elas tinham muito mais amigos e já podiam sair à noite e fazer várias coisas. E geralmente meu pai só chamava pra ir à casa do vovô quando tinha outra coisa organizada com a galera.
- Poxa, mas hoje todo mundo marcou de ir pro cinema! Eu não vou para o vovô não!
E não é que a gente não tenha sido criada visitando os nossos avós. De pequena a gente ia lá. Nós sempre saíamos juntos. Tinha a casa de praia, que a gente sempre ia com toda a família. Sempre foi muito divertido.
Às vezes era meio ruim quando o meu avô vinha com aquele bigodão pra dar um beijo. Coçava e ficava pinicando. Meu pai aproveitava pra ficar zoando da minha cara.
- O que é que foi? Por que o vovô não pode beijar você, eim?
Parece que ele gostava de ouvir a gente falar. E dava uma risada olhando para o rosto do vovô, que também sorria.
- É o bigode do vovô, coça!
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