E foi aquele corre, corre, todo mundo querendo ajudar, querendo encontrar o dente. Uma das minhas tias mais queridas, sorridente, logo diz:
Meu outro tio foi logo dizendo que a melhor forma era lavar o dente e colocar ele no lugar, pressionando bastante e levar imediatamente para um dentista. Meu pai, sempre preocupado, já se adiantou e com o dente bem lavadinho, colocou no lugar, encaixando perfeito no buraquinho da gengiva.
- Vou segurar aqui por um tempo, filha, até ele ficar bem seguro, daí a gente vê o que vai fazer, tá?
A minha preocupação nem era com a dor, porque não estava doendo; nem com sangue porque não estava sangrando. O maior medo era ficar banguela sem ser ainda na hora de ficar banguela. Já pensou no colégio sem um dente dá frente, ainda mais quando não era hora de ficar com a janelinha.
Eu via aqueles meninos e meninas envergonhados porque estavam com uma janela na frente. E com medo de rir, botavam as mãos na frente da boca. Todo mundo achava engraçadinho, dos pequeninos aos mais velhos. Dava vontade de dizer pra eles perguntarem:
- Ei, vocês parecem que não foram crianças. Nunca viram um menino banguela não? Parece um bando de abestalhados que não têm outra coisa pra olhar. Ficar sem um dente não é como levar um tombo pra vocês caírem na gargalhada, não.
Adorei essa história! E entendo bem o medo da Carol, pois caí quando pequena e, diferente da Carol, meu dente da frente entrou completamente. Depois acabou saindo mas ficou meio estranho. Eu me sentia diferente de todos por isso :):) até que, já adulta, pus aparelho e consertei o problema.
ResponderExcluirMaria Renata, o mais interessante é que em toda família sempre tem alguém que teve algum problema com dentes. Aqui em casa todas tiveram. E ficar com a janelinha...por isso todo mundo passa, não é? Se quiser mandar sua história do dente, a gente publica. Bj
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